4.20.2009

talasnal

Já não ia ao Talasnal desde Setembro. E desde essa altura apareceram uma data de candeeiros estranhos pelo meio das casinhas de xisto. Mas a aldeia continua a ter a mesma magia e a ter a capacidade de me recarregar as baterias. Soube-me mesmo bem o fim de semana, mesmo com dias de chuva.

A casa do Mocamfe:

4.03.2009

coincidências parvas

nunca mais tinha ouvido esta música desde julho. Hoje passou na rádio.. uma vez mais nos últimos dias aqui!!! ;)

(algumas) coisas de que tenho saudades

- bom café
- ir ao cinema
- falar português (e ouvir português à minha volta)
- praia
- a velha-a-branca
- o insólito!
- tomar um café e ler o jornal de manhãzinha antes de ir para a universidade
- chamadas e mensagens de telemóvel baratas. Bem baratas!!
- guias
- ir até ao centro com a Cátia
- jantares/almoços parvos com a Rititi
- mocas de estudo partilhadas
- ficar em casa à noite, só a dar duas de treta ou a ver coisas de merda na TV (que não tem os programas todos dobrados)!
- ir a viana ao fim de semana e tomar café com o pessoal
- levar a mafs a casa e ficar horas a falar à porta de casa dela; ou apanhar boleia da tania e ficar horas a falar à porta da minha!!
- conduzir
- ouvir o joao e o miguel a tocar guitarra
- beber uma superbock e comer tremoços numa esplanada
- jantar fora não significar "só" comer umas tapas
- jeropiga e favaios! ahah
- ir para a zona dos cafés, onde toda a gente se conhece
- poder dizer piadas do gato fedorento e ser entendida
- a minha cama
- almofadas normais
- comida da mamã
- ...

4.01.2009

apeteceu-me!

Foi no Domingo passado que passei
À casa onde vivia a Mariquinhas
Mas está tudo tão mudado
Que não vi em nenhum lado
As tais janelas que tinham tabuinhas

Do rés-do-chão ao telhado
Não vi nada, nada, nada
Que pudesse recordar-me a Mariquinhas
E há um vidro pegado e azulado
Onde via as tabuinhas

Entrei e onde era a sala agora está
À secretária um sujeito que é lingrinhas
Mas não vi colchas com barra
Nem viola nem guitarra
Nem espreitadelas furtivas das vizinhas

O tempo cravou a garra
Na alma daquela casa
Onda às vezes petiscávamos sardinhas
Quando em noites de guitarra e de farra
Estava alegre a Mariquinhas

As janelas tão garridas que ficavam
Com cortinados de chita às pintinhas
Perderam de todo a graça porque é hoje uma vidraça
Com cercaduras de lata às voltinhas

E lá pra dentro quem passa
Hoje é pra ir aos penhores
Entregar o usurário, umas coisinhas
Pois chega a esta desgraça toda a graça
Da casa da Mariquinhas

Pra terem feito da casa o que fizeram
Melhor fora que a mandassem prás alminhas
Pois ser casa de penhor
O que foi viver de amor
É ideia que não cabe cá nas minhas

Recordações de calor
E das saudades o gosto eu vou procurar esquecer
Numas ginjinhas

Pois dar de beber à dor é o melhor
Já dizia a Mariquinhas
Pois dar de beber à dor é o melhor
Já dizia a Mariquinhas

[Amália Rodrigues - A casa da Mariquinhas]