No meu 2º ano em Granada passei muito tempo com uma holandesa que adorava o caminho que fazíamos quase todos os dias para a faculdade... Nunca percebi muito bem essa paranóia... nunca dou muita importância ao caminho quando quero chegar a algum lado, mas aqui a coisa é diferente, e dei por mim a absorver as paisagens do meu caminho para o trabalho e a querer fotografá-las e deixá-las gravadas na memória.
Então, para terem uma ideia, o meu dia começa quando desço ao pátio, ponho luvas, cachecol e gorro, fecho o casaco até cima, ligo o mp3 e tiro o cadeado do Hércules para começar a pedalar...
Saio para esta estrada, que faço em meio minuto, e entro na rota das bicicletas, que me leva até ao trabalho, sempre à beira da linha de comboio.
Quando entro no caminho de terra, vejo a casa amarela - a estação de Reichenau - e penso sempre 2 coisas - uma, que estou quase a chegar e dois, que espero ainda ter forças para fazer a subida mais puxada do caminho (o único ponto onde baixo as mudanças da bike!)
Depois da subida, entro no caminho de terra, passo pela casa portuguesa (olho sempre a ver se está alguém, mas nunca está!), ando um bocadinho na lama... e voilá! Chego ao Zentrum für Psychiatrie, estaciono o Hércules e vou para a casa 12, onde me espera mais um dia de trabalho. Com sorte, um dia sem senhores das obras a trabalhar na janela da casa de banho quando tiver que a utilizar!!!
2 comentários:
Só tenho uma pergunta - como raio é que conseguiste tirar fotografias da bicicleta sem cair????????
isso será sempre uma boa pergunta dragoninha! ainda por cima com lama!! acho que ainda vamos ouvir muito boas histórias sobre este caminho!
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